1 de outubro de 2015
Em pensamento, lembro de você,
Distraída, derramei duas lágrimas inconsistentes,
Por sentir saudades suas.
No espaço, entre uma lágrima e outra,
Tive sede no coração,
Para não morrer de inanição,
Bebi uma lágrima.
A outra, guardei-a para lavar o estrume da razão,
Que limpará a saudade enrustida,
Ora atravessada no peito,
Onde paira sob a paisagem apodrecida
Com as lembranças de outras lágrimas
Derramadas por você,
E a minha saudade tremeluz todo dia
Para que eu nunca esqueça
Do alivio que senti pelas lágrimas
Sem saudade, que derramei por você!
Este texto expressa exclusivamente a opinião do autor e foi publicado da forma como foi recebido, sem alterações pela equipe do Entrelaços.
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