Cássio Amaral 1 de outubro de 2015

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Os poemas são todos
criaturas abruptas
Uivantes na lua
em cima do mar
Fazem parte da minha barba branca
Recolhem-se em estrelas galopantes
no fim da noite
Armam-se no barco que sai
a procura da pesca.

A vida sempre a pulsar um verso
onde a lágrima da passagem
dilacera-se da escuridão para a luz
que passei no sorriso.

São formas
Conteúdos
Que inauguram
o átimo
Sangue cortante
Luta incansável
do lobo que uiva
à beira do precipício
que escancara
o fogo.

Navalha que corta palavras
Feito a noite que corta a alma
Em busca de um dia
em que tudo recomece.

Este texto expressa exclusivamente a opinião do autor e foi publicado da forma como foi recebido, sem alterações pela equipe do Entrelaços.


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