1 de setembro de 2015
Eu louvei o cacto
à vista do mandacaru
Vi o papa capim fugir
da seca selvagem.
No céu azul,
O sol desafiava a vida,
Sem vexame, vinha devagar.
Vi o vôo do urubu
A cata do seu alimento
Vi a vida morrer na lama
Do açude vazio.
E sem esperança
para diminuir o queimor
Do sol tormentoso
Escondo o pensamento
Debaixo da melancolia
Que tolhe a alma aproximada
Daquilo que ela mais teme:
O amanhã.
Este texto expressa exclusivamente a opinião do autor e foi publicado da forma como foi recebido, sem alterações pela equipe do Entrelaços.
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