1 de setembro de 2015
Quisera dedilhar teus (des)contentamentos,
assimilar a solidão imposta,
passos sonolentos na ausência do olhar…
Quisera beber tuas lágrimas no imaginário do ser,
febre alucinada em delírios ofegantes,
confrontos desconexos,
sede de justiça…
Quisera atravessar a palavra (mal)dita nas madrugadas insones,
sonhos amordaçados de metades desiguais,
corpo ferido à espera da memória…
Quisera abraçar a vida no espanto da dor,
percepções reais de possibilidades,
liberdade imersa na monotonia do cansaço…
Quisera matar essa fome de intensidade,
sentimento que embala a alma na agonia do silêncio…
Obs: Foto da autora.
Este texto expressa exclusivamente a opinião do autor e foi publicado da forma como foi recebido, sem alterações pela equipe do Entrelaços.
busca
autores
biblioteca