15 de agosto de 2015
No espaço entre o mar e a cidade
cabem coisas diversas: o escuro,
um vestido de gaze, a idade
da razão, e a do sonho. Cabe um muro.
Pela orla noturna onde trafega
vaga brisa que incita as espumas
clara moça, diáfana, navega
sobre ondas, aurora, sobre brumas.
Luminoso sorriso é convite
ao momento em que já não se admite
impedir a viagem de Afrodite.
No espaço entre o mar e a cidade
cabem coisas diversas: a saudade,
despedida, alento, claridade.
Obs: Texto retirado do livro do autor – É Lenta a Palavra Tempo –
Este texto expressa exclusivamente a opinião do autor e foi publicado da forma como foi recebido, sem alterações pela equipe do Entrelaços.
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