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Nestes últimos anos de minha vida
tenho viajado de passagem
por quartos, banheiros, salas, jardins
e percebo que perdi o sentimento de pertença dos objetos usuais.
Constato a transitoriedade da existência humana
em cada coisa que ouço, toco, cheiro, degusto e vejo:
estou passando pelas coisas
e as coisas indiferentemente passando por mim.
( 02.04.2015 – Caxias/MA)
Este texto expressa exclusivamente a opinião do autor e foi publicado da forma como foi recebido, sem alterações pela equipe do Entrelaços.
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