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Não é todos os dias que abro a janela do meu quarto. E toda vez que abro, não é a mesma vista. Sempre uma nova manhã, com novos cheiros, novas cores e novos presságios. Não abro a janela só para arejar o quarto e iluminá-lo. Abro a janela para arejar os pensamentos e iluminar todos os meus medos.
Pois quando abro a janela do meu quarto, abro o meu coração também. Fito o horizonte e fico ali pensando, imaginando uma porção de caminhos, traçando centenas de futuros alternativos, achando algumas respostas e fazendo milhões de perguntas.
É ali, no meu quarto, em repetidas manhãs, que despejo minhas preocupações, minhas ilusões, minhas vontades. É ali que entrego meus segredos, que decifro e semeio tudo aquilo que sou, que amo, que desejo.
Não me surpreende, portanto, que ali, à janela do meu quarto, tenha nascido uma plantação de sonhos.
Obs: Imagem enviada pela autora.