Marcante 1 de agosto de 2015

Hoje estou eu, a analisar a fraca velhice, que de fraca, só tem a aparência e o nome.
Se existe algo forte, é a velhice.
Ela chega para todos.
Não pede licença.
É muito inteligente e dissimulada.
Ninguém a quer receber, mas ela entra e pra ficar.
Sem que se deixe, ela aos poucos, disfarçadamente se infiltra em nós, causando danos.
Desaforadamente começa o combate.
De tão forte, instala-se em todo o nosso ser.
Nossos pés, se tornam mais pesados, passamos a arrastá-los.
Os joelhos dobram com mais lentidão, e passam a doer.
A caminhada fica cada vez mais lenta.
Enquanto ela vai criando forças dentro de nós; enfraquecemos assustadoramente!
Depois de tudo tomado, ela acha pouco e sempre quer mais…….
Desta vez, ela não tem limites, invade o que possuímos de melhor, nosso pensamento, nosso poder de decisão, fazendo de nós, crianças sem a beleza infantil!
Faz de nós palhaços, sem a plateia para aplaudir.
Vergonha, vexame, maltratos, o caos!…
Nós alí, fragmentos do que fomos um dia…
Ela, fortaleza intensa, com toda força e pompa a invadir outras moradas.
Basta, estou rendida.
Estou possuída inteiramente por ti.
A vitória será sempre tua.
Tu és má – mas necessária! (02/08/2012)

Este texto expressa exclusivamente a opinião do autor e foi publicado da forma como foi recebido, sem alterações pela equipe do Entrelaços.


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