15 de julho de 2015
Na ânsia da tua espera
Deixei fluir o limiar desatino
Em que inerte me deixou.
Quase a cair sem ter alicerce
Adormeci sem sonhos.
Ensaiei um monólogo com minhas dores
Discursei sobre a infeliz angústia
Publiquei em vão um pensamento
Escrito com as cores do silêncio
Juntei nossas folhas de outono
Enquanto vi fenecer a primavera
Semeei lágrimas no verão
E te esperei no inverno
E como te esperei…
Finalmente você chegaria
Seria ainda a mesma?
Será que eu era outro?
Juntaremos nossos pedaços
De mãos dadas no caminho
Delicadamente em cada gesto
Em cada toque
Em cada beijo
Em cada abraço.
Então reacenderemos
O brilho nos olhos
O conforto na alma
E a paz no coração.
Pois finalmente,
Você voltou.
Tarauacá-AC, 30 de junho de 2015
Este texto expressa exclusivamente a opinião do autor e foi publicado da forma como foi recebido, sem alterações pela equipe do Entrelaços.
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