Cynthia Lopes 1 de julho de 2015

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Eu sou clara como água cristalina.
Sou turva como água barrenta que se avoluma em dias de muita chuva.
Clara&turva, como saber quem eu sou?
O caminho que faço ao caminhar deixa vestígios de mim. Você deseja saber quem eu sou?
Atenção… preste atenção aos meus detalhes: a roupa que deixo pela casa quando chego do trabalho, o banho demorado, os meus pequenos prazeres, aos meus restos de comida, ao brilho dos meus olhos, ao som que eu escuto, a minha janela que se abre aos verdes e azuis de cada dia, atenção ao que eu escondo todos os dias!
Você deseja mesmo saber quem sou?
Procure meus sinais, os meus rastros em minha poesia.
Ali, para lá do que eu sou está transcrito… um conjunto de ME-TA-FO-RAS, mais que tudo – BÚSSOLA DE MIM apontando meus múltiplos destinos, minhas crenças, meus princípios, meu corpo que arde, minha boca que pede sempre um doce fruto.
Costumo dançar nos telhados e adoro os ventos, sou uma força da NATUREZA.
Mas tenho cá meus defeitos, costumo sonhar com alguém que tente saber quem eu sou através do meu coração. E, quem lê corações ? Fernando Pessoa mesmo diz que o poeta é um fingidor! permitam-me, humildemente, discordar pois, vejo poemas e versos como diálogos internos ou mesmo como diálogos com o mundo, com o outro.
Bússola de mim é minha poesia, volto a afirmar… neste conjunto de versos, rimas, palavras, disritmias pode-se ver a picada que abri em meio a toda esta selva de escolhas.
Dentro de mim um canto para cada coisa: uma lua, um sol, um mar e muito mais, um eu, um você, um nós.
Quando estou triste – canto.
Quando estou alegre – mergulho nas águas do mar sem fazer questão de voltar.
Quem eu sou? Não é fácil saber. É mesmo difícil conhecer alguém. Quando amamos aí sim tentamos. Se amarmos muito, consideramos a possibilidade de sermos diferentes e melhores, simplesmente, porque o amor nos preenche de tal forma, que modifica tudo.
Desta forma posso concluir que é preci-necessário (expressão dos Novos Baianos), AMAR – para se ter coragem de juntar vestígios e pedir a Deus para ser capaz de ler este pergaminho, este enorme livro que é cada um de nós.

(*) Inspirado na música “Rastros” de Delayne Brasil e Laura Esteves.

Este texto expressa exclusivamente a opinião do autor e foi publicado da forma como foi recebido, sem alterações pela equipe do Entrelaços.


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