Que haja doentes por fatores como limitação, fragilidade e finitude humanas é compreensível e aceitável. Negar essa realidade é não levar a sério a condição de sermos peregrinos. Devemos envidar todos os esforços para tratar as pessoas de forma humana e cristã, a fim de que possam, na medida do possível, se recuperar e gozar novamente de saúde, ou, então, quando isso não for mais possível, proporcionar-lhes dignidade no adeus à vida.
O que não podemos aceitar passivamente são os adoecidos por causa da pobreza, da injustiça, da fome, da falta de condições mínimas de vida, que transformam a existência num “vale de lágrimas”.
Só a solidariedade produz fé em meio à dúvida de não acreditar mais em si próprio e no outro e esperança em meio ao desespero. Enfim, em meio ao sofrimento, ao descaso e à morte, a solidariedade faz renascer a vida!
Obs: *Camiliano, pós graduado em Clinical Pastoral Education pelo S. Lukes’s Medical Center (Milwaukee, EUA). Professor doutor no programa de mestrado em Bioética do Centro Universitário São Camilo (SP) e autor de inúmeras obras na área da bioética, dentre as quais Bioética: um grito por dignidade de viver e co-organizador de Buscar sentido e plenitude de vida: bioética, saúde e espiritualidade.