Para sempre seria eterno se fosse um espelho refletindo a si mesmo. Já pensou o que seria sentir, notar ou perceber algo eternamente? E a emoção onde fica neste contexto? E o prazer da novidade, da mudança? Onde ficaria a surpresa? Eu particularmente não gosto de mudanças, mas confesso que a monotonia não é boa companheira. Mesmo neste céu que nos envolve tudo muda, só não percebemos. Por que iríamos desejar a linha reta de uma continuidade sem fim, se o traço sinuoso excita? Para o Criador não existe limites de desempenho.
Dor, amor, angustia, alegria e tantas outras sensações vão e vêm trafegando nesta malha que se constituiu momentaneamente para que possamos existir neste agora. Enquanto escrevo este texto o eixo do universo pode ter mudado, a combinação exata que se fez neste momento não mais será possível de ser estabelecida. Então vamos aprender o máximo que pudermos a respeito de tudo o que for posto a nossa frente: suportar a dor, administrar a angustia, aproveitar a alegria e amar o quanto for plausível dentro do tempo e em seu perímetro. Não é que vamos deixar de existir, mas a cadeia de combinações lógicas para uma nova oportunidade pode não se repetir jamais.
Obs: Imagem enviada pelo autor ( Imagem da Free Digital Photos.)