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Luís amou Melissa o quanto pode nessa vida…
Ele fingiu amar, já que nunca acreditará no amor. Talvez tenha gostado o que é bem diferente de amar. Logo, Luís gostou de Melissa o quanto pode nessa vida. .. Ou teria sido paixão já que com o tempo as coisas foram mudando, esfriando, se tornando menos empolgantes?
Então, Luís foi apaixonado por Melissa o quanto pode nessa vida…
De tudo ele entendeu que entre amar, gostar e se apaixonar, seja qual a definição e sentimento, um dia se estiver escrito em algum lugar, se o destino estabelecer que não era pra ser, irão acabar.
Mas não acabam de repente. Vão minando naquelas peculiaridades do dia a dia. Na toalha esquecida na cama, na demora em chegar em casa, nos telefonemas entrecortados, na ausência de atenção, na mudança do temperamento, na falta de carinho. E foi justamente esse último que pesou para Luís. Embora o começo tenha sido de tardes fervorosas e transas alucinadas, a vida não era apenas aquilo. Ele se sentiu vazio e com o passar das semanas tudo foi perdendo o sentido até não haver mais razão para dividir seu espaço com Melissa.
Ele leu alguns livros, algumas histórias, conversou com os amigos, tentando ludibriar a fatídica verdade que aquele relacionamento já não era o mesmo e nem era mais para ser. Havia acabado. Eram dois estranhos, dois corpos ocupando uma única casa. Um lúcido e um cego. Contradições.
E numa tarde Luís contemplou a parede branca daquele quarto frio. Pesou todas as circunstâncias até ali. Esmoreceu. Ficou um tanto triste. Ensaiou seu discurso. Sorriu quando pensou nas coisas boas que ele iria viver depois daquilo tudo. Montou um projeto mental, até ensaiou uma viagem, um carro novo e quando já divagava longe … tomou coragem após a briga mais recente e declarou o fim.
Luís está bem apesar dos trampos e barrancos da sua nova condição, afinal separações não são fáceis. Começa a escrever aos poucos sua nova vida e vislumbra felicidades. Boa sorte Luís!
Obs: Imagem enviada pela autora.