1 de junho de 2015
preso a meu corpo preso a meu peso
preso a meu porto – meu endereço
preso a meu nome preso ao presente
a meu telefone – meu desespero
preso a meu ego preso a meu preço
ao que carrego e ao que careço
preso aos pesares preso aos prazeres
preso ao prosaico a pressões preconceitos
preso a prazos horários agenda
conta bancária – quanta corrente
preso a números e documentos
preso ao desprezo que sinto por eles
detento de tantos, exilado em mim mesmo
sou refém e carcereiro
tenho as chaves e as algemas
e entre grades que eu invento
me liberto
no poema
Este texto expressa exclusivamente a opinião do autor e foi publicado da forma como foi recebido, sem alterações pela equipe do Entrelaços.
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