Lug Costa 1 de junho de 2015

lugcosta distancias

Estabeleço distâncias que não são meras
atitudes de afastamento de pessoas e objetos
que transitaram e transitam nesta minha brevíssima vida.

Havia um sentido na proximidade que repousava
em falsas percepções permanentemente equivocadas,
que só foram desveladas em recordações fotográficas
que souberam dissimular os sentimentos reais.

Como filmes vistos e esquecidos há muitos anos atrás
que retornam requerendo aos olhos o veredicto existencial
quando encontrados numa vitrine qualquer,
num rosto re(apresentado) casualmente numa rua de qualquer cidade.

Nessas distâncias estabelecidas
eximisse todo e qualquer desejo de:
reencontros nostálgicos,
recordações coreografadas e dramatizadas,
falas e histórias a serem resgatadas.

A lucidez exige a coragem de todos os dias
nos reaproximarmos de nós mesmos,
e afastar, distanciar tudo que nunca esteve
realmente acolhendo-nos e ofertando-se
no sentimento e na palavra A-M-I-Z-A-D-E.

Constato que não me afastei de ninguém,
na verdade nunca estiveram próximas
da janela da minha alma,
dos meus sentimentos,
das minhas lutas,
da minha sede de amar e ser amado.
(23.05.2015)

Obs: Imagem enviada pelo autor.

Este texto expressa exclusivamente a opinião do autor e foi publicado da forma como foi recebido, sem alterações pela equipe do Entrelaços.


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