A cidadania é compreendida como o exercício da plenitude dos direitos, como garantia de existência física e cultural e reconhecimento do ser humano como ator social.
A realização pessoal e comunitária de cada indivíduo é sempre considerada um valor acima do Estado e do mercado. A inversão dessa lógica implica encontrar um mercado ou um Estado com caráter autoritário, coercitivo e absoluto. No centro de todo processo político tem de estar o cidadão.
O cidadão é uma pessoa revestida de plenos direitos civis, políticos e sociais, com a obrigação de trabalhar pela proteção vigilante do Estado para que todos possam viver dignamente. Através da sociedade civil, que representa todos os grupos que convivem na sociedade (Igrejas, sindicados, entidades profissionais, ONGs…) e dos quais fazemos parte, temos a obrigação de exigir do Estado (o Governo) que sejam asseguradas condições dignas de vida para todos.
Obs: *Camiliano, pós graduado em Clinical Pastoral Education pelo S. Lukes’s Medical Center (Milwaukee, EUA). Professor doutor no programa de mestrado em Bioética do Centro Universitário São Camilo (SP) e autor de inúmeras obras na área da bioética, dentre as quais Bioética: um grito por dignidade de viver e co-organizador de Buscar sentido e plenitude de vida: bioética, saúde e espiritualidade.