Aldo CB 1 de maio de 2015

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Um dia, ouvi teu sussurro: “senti um abraço em teus olhos”.

Fiquei a imaginar a importância de tal fato. Talvez banal, talvez assim assado, talvez já apagado de tua lembrança.

Na busca da delicadeza perdida, pequenas coisas carrego comigo, corriqueiras, simples. Por exemplo, nossas trocas de mensagens, nossos risos, nossos passeios por extensas alamedas e a lua a partilhar nossas noites.

Quem sabe, seja o que importa.

Todos partimos, chegamos, ancoramos barcos, construímos pontes.

Vida que segue, caminhos entrelaçados e nós desfeitos. Estás longe e faz tanto tempo.

Tento encontrar um pedaço do carinho de teu olhar e de tuas mãos tímidas que pouco se fizeram em minha pele. Busco tuas palavras ainda a povoarem meus sonhos.

E, assim, fico a aguardar tua volta para deixar o abraço se estender de meus olhos e ser pleno em ti. Simples, assim assado, como és em mim, um pouco de minha delicadeza perdida.

(23/07/2014)

Este texto expressa exclusivamente a opinião do autor e foi publicado da forma como foi recebido, sem alterações pela equipe do Entrelaços.


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