
As condições de saúde do brasileiro são precárias. Dentre outras causas, podem ser citadas a economia excludente, as distorções e deficiências do sistema de saúde (ideal em teoria, mas inoperante na prática), uma política de saúde pública que prioriza a cura, e não a prevenção.
Não basta cuidar somente da saúde. É necessário cuidar das condições de vida que nela intervêm. A genética responde por menos de 1% dessa interferência; os recursos de saúde (médicos, hospitais, remédios), por até 30%. O nível de vida (alimentação, habitação, escola, trabalho) é o condicionamento mais importante para a saúde, interferindo em até 70%. Estas são indicações em termos de escolha e implementação de prioridades para termos saúde para todos.
*Camiliano, pós graduado em Clinical Pastoral Education pelo S. Lukes’s Medical Center (Milwaukee, EUA). Professor doutor no programa de mestrado em Bioética do Centro Universitário São Camilo (SP) e autor de inúmeras obras na área da bioética, dentre as quais Bioética: um grito por dignidade de viver e co-organizador de Buscar sentido e plenitude de vida: bioética, saúde e espiritualidade.