”Dorme filhinho, meu bem
Anjos dos céus logo vêm,
Junto ao teu berço vigiar
E docemente cantar… ”
É a majestade materna diante do trono do recém-nascido, exaltando-lhe a realeza com uma maviosa canção de ninar.
Assim atua e continuará atuando por toda a vida, aquela que tem o nome ímpar de MÃE, cuja rima ainda não foi descoberta pelos eruditos e filólogos e que, de início, SINGULARMENTE carrega dentro de si apenas a origem e a raiz da vida.
Depois, PLURALIZA-SE, multiplicando suas atribuições, velando o sono do pequenino rei, cuidando de sua saúde, dando-lhe paz, felicidade, AMOR. Age, luta, trabalha, alimenta, ensina, protege e, sobretudo, AMA.
Esta é uma metamorfose que santifica e quase diviniza a emblemática figura da MÃE.
Metamorfose que transforma milagrosamente a palavra MÃE do SINGULAR, pois, é única para cada um, no PLURAL do universo de fatos e realidades que
envolvem a simbiose MÃE-FILHO.
MÃE quer dizer FILHO. MÃE quer dizer AMOR.
São as lágrimas maternas quando os filhos crescem, separam-se, partem … O sofrimento é o preço do AMOR.
São os risos benfazejos quando os filhos voltam, vencem, são bem-sucedidos …
A trajetória materna é realmente heróica, santa, inigualável desde o conceber o filho no seu ventre acolhedor, dispensando-lhe cuidados e condições vitais humanas, psíquicas e emocionais até a infância, adolescência, juventude, maturidade, velhice.
Diz um bem conhecido adágio: A mulher carrega o filho no seu útero por nove meses, no colo por dois anos e no coração por toda a vida.
O pensamento exclusivo, o desejo exclusivo da MÃE é a completa e verdadeira felicidade do filho.
MÃE e FILHO se completam, misturam-se, confundem-se e são autenticamente a concretização do sentimento máximo da humanidade – O AMOR.
Na condição de MÃE, quero atribuir todas as honras às MÃE do mundo inteiro e devotar-lhes gratidão, carinho e muito AMOR, alertando-lhes ainda que há maior mérito em lembrar-se mais de suas responsabilidades do que de seus privilégios.
A autêntica MÃE considera o FILHO como o seu mundo, sua vida, seu tesouro, sua riqueza.
Lembremos aqui um fato acontecido há milhares de anos. Perguntando certa
vez a Cornélia, uma grande e rica dama romana, como eram as suas jóias, ela simplesmente respondeu:
MEUS FILHOS SÃO AS MINHAS JÓIAS.
Obs: Texto retirado do livro da autora – Retalhos do cotidiano.