“É um assalto!. .. Passando tudo ligeiro!… Não gritar!… Não se mexer!… Não correr!… Ficar quietinho!…”.
Eis a sentença irrevogável e constante proferida atrevidamente por personagens assustadoras, desumanas, mascaradas, encapuzadas, ou mesmo com maligna face à mostra que apontam a arma ou disparam fatalmente na vítima indefesa e amedrontada.
Eles surgem como que magicamente em toda parte e em sua “maldita colheita” não faz em distinção de sexo, idade, religião, cor, cultura, condição social e econômica.
Por que eles agem assim? Por que tanta perversidade?
Alguém atribui à dificuldade de vida, escassez de emprego.
Justificativas estas, improcedentes, inaceitáveis.
Será uma condição mórbida hereditária, um desequilíbrio mental ou emocional, um instinto malvado aguçado?
Só Deus o sabe!… De qualquer maneira, merecem compaixão…
Digamos com o LIVRO MAIOR: “Abençoai os que vos perseguem !”…
No Brasil, comprovam as estatísticas, que há anualmente cinqüenta mil mortes por arma de fogo, número este, de soldados norte-americanos mortos no Vietnã, em dez anos de guerra.
É verdade que há inúmeros outros meios de homicídios, mas a arma de fogo é a preponderante.
Enfim, surge como paliativo benéfico o ESTATUTO DO DESARMAMENTO aprovado principalmente pelo Senado, mas que continua polemicamente discutido, sendo também aprovado pela Câmara, que eliminando aspectos importantes descaracteriza o texto inicial.
Entre outras medidas rejeitadas destacam-se a expansão do porte e posse de armas, tomando-se também não inafiançável o porte ilegal de armas.
A aplicação do ESTATUTO DO DESARMAMENTO, com certeza, contraria ainda os interesses dos poderosos donos das fábricas de armas e assim, os legisladores enfrentam um grande dilema. Mas estes devem agir com consciência e espírito de justiça e fraternidade ao elaborar as Leis.
Muitos crimes poderiam e poderão ser evitados sem o porte de armas de fogo.
Urge um combate ininterrupto, sem trégua ao ARMAMENTO, como extinção das fábricas, recolhimento das armas e aumento da pena pelo porte ilegal, crime este, que no Japão pega nunca menos que 15 anos de detenção.
Com otimismo aguardemos dias melhores, mais tranqüilos e seguros para nossas famílias e todos nós brasileiros.
Lembrando sempre de que a PAZ verdadeira é dádiva do céu e fruto da JUSTIÇA E DO AMOR.
Obs: Texto retirado do livro da autora – Retalhos do cotidiano.