Na discussão sobre identidade existem pontos fortes, como: afinal, quem somos para nós mesmos? O que consideramos como sendo nosso “centro” enquanto indivíduos? Em certo instante, descrevemos nossos antigos “eus” como pessoas que se julgavam diferentes pelo afastamento do comum que exibiam, como se a distorção refletisse, de maneira inexplicável, uma mudança em quem éramos. Pois o fato é que embora apenas ocupemos nossos corpos, frequentemente somos levados a nos definir a partir destes, permitindo que nossas personalidades, valores, paixões e ações sejam definidas por características externas como peso, calvície, espinhas e outros elementos que, a rigor, jamais deveriam moldar nossa percepção de nós mesmos – mas que o fazem por sabermos que assim julgamos o próximo. E assim, percebemos que a luta para ajustarmos com aquilo que vemos no espelho – uma batalha que vai muito além da vaidade e com a qual todos podemos nos identificar em maior ou menor grau, é tola, mas ainda sim é necessária para nos lembrar quem somos.
Obs: Imagem enviada pelo autor.
Este texto expressa exclusivamente a opinião do autor e foi publicado da forma como foi recebido, sem alterações pela equipe do Entrelaços.


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