Laudi Flor 19 de dezembro de 2011

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Ela falava ao telefone e caminhava “nervosamente” no pátio do aeroporto. Dizia que sentia muito mas não entendeu a mensagem e não conseguiu adivinhar de que se tratava o recado, por isso mesmo, não teve nenhuma reação.

Não consegui saber o desfecho final da conversa mas sempre tive desejo de entender a linguagem dos sinais. Não me refiro à linguagem exercitada pelos surdos, ( Libras-LS), refiro-me, aquela em que inexistem frases audíveis e que falam mais que um dicionário inteiro; a linguagem dos sinais, do amor e dos amantes, a linguagem incondicional da mãe para o filho, a linguagem dos poetas e seresteiros, os sinais do tempo, se vai cair a chuva pra molhar a terra ou vai fazer sol de rachar, os sinais da idade, os primeiros cabelos brancos, o significado premonitório dos sonhos.

Meu bisavô era Profeta da Chuva, sabia observar a natureza, e previa certeiramente quando o tempo ia mudar. Se o céu estava estrelado, a chuva não caía (tão romântico), sem dúvida, ele entendia os sinais do tempo.

Alceu Valença, diz em sua música, Anunciação: “Tu vens, tu vens, eu já escuto teus sinais”, porém, devido a minha pouca experiência com esse tipo de linguagem, prefiro Djavan, quando diz: “Teus sinais me confundem da aos pés mas por dentro eu te devoro. Teu olhar não me diz exato quem tu és mesmo assim eu te devoro”.

Obs; Imagem enviada pela autora.

Este texto expressa exclusivamente a opinião do autor e foi publicado da forma como foi recebido, sem alterações pela equipe do Entrelaços.


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