Célia Cavalcanti 14 de novembro de 2011

([email protected])

O meu corpo rolou…Metros, quilômetros, durante um tempo incontável…
Não sei bem a altura.
Não sei bem a distância.
Rolou como um pacote jogado do alto de um precipício…
Rolou como uma bola meio quadrada que resiste ao cair
e não percebe que alguns ângulos lhe foram esmagados,
triturados, algumas pontas quebradas…
Até que passado algumas dezenas de metros,
o meu corpo parou fincado numa grande pedra redonda que me recordou
o útero de minha mãe e me vi encolhida na posição fetal com
uma leve esperança de nascer outra vez……………………..
……………………………………………………………………..

De onde vim?
Onde e como terminará ?
Onde o ponto inicial, como tudo começou?
Por que me jogaram aqui?
Por que deixei que me jogassem?
Aconchego-me nessa pedra dura que agora me acolhe
e me serve de suporte e amparo.
Aguardo o momento para certamente começar tudo de novo.
Outros precipícios virão…
Quem sabe então, dessa vez,
o meu corpo como num passo de mágica
comece a voar?!….
(27-12-2009)

Obs: Imagens enviadas pela autora.

Este texto expressa exclusivamente a opinião do autor e foi publicado da forma como foi recebido, sem alterações pela equipe do Entrelaços.


busca
autores

Autores

biblioteca

Biblioteca

Entrelaços do Coração é uma revista online e sem fins lucrativos compartilhada por diversos autores. Neste espaço, você encontra várias vertentes da literatura: atualidades, crônicas, reportagens, contos, poesias, fotografias, entre outros. Não há linha específica a ser seguida, pois acreditamos que a unidade do SER é buscada na multiplicidade de ideias, sonhos, projetos. Cada autor assume inteira responsabilidade sobre o conteúdo, não representando necessariamente a linha editorial dos demais.
Poemas Silenciosos

Flickr do (Entre)laços
[slickr-flickr type=slideshow]