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Se o juiz for justo, o governo do Pará terá que cumprir a lei nacional do piso salarial dos professores do Estado, doa onde doer. A terceira tentativa de acordo entre o governo do Estado e o sindicato dos trabalhadores na educação estadual fracassou mais uma vez. O SINTEPP fez nova proposta de pagamento, mas o governo não aceitou. Alega que precisa de ajuda financeira do Ministério da Educação, que já avisou que não tem nada para ajudar, mas a lei tem que ser cumprida. O governo do Estado terá que cortar recursos de outros compromissos e atender à prioridade da educação. Por causa da intransigência do governador estão prejudicados os trabalhadores na educação e mais ainda os estudantes. Estranhamente ocorre a passividade dos pais e estudantes prejudicados. Não reagem, só murmuram e muitos ainda, colocam culpa nos educadores. O governador alega que não tem dinheiro para cumprir a lei. Mas não explica porque da falta de recurso. Não publica quantos assessores com DAS gordos tem o atual governo; quanto o governo gasta por mês com manutenção de frota de aviões e carros do Estado; quanto gasta com diárias de funcionários em viagens nem sempre necessárias. Em outras palavras, quanto dinheiro é gasto em ações secundárias e deixando a educação abandonada. Daí a greve dos trabalhadores em educação ser justa e necessária. O governo está iludindo pais e estudantes, a corda está esticada, para onde vai arrebentar? Está nas mãos do juiz. Será ele submisso, ou será salomônico? Caso ele seja justo, o governo do Estado terá que dar um jeito e respeitar os direitos dos educadores. Nesta hora também, os pais e estudantes têm o dever de exigir justiça para os educadores e para os estudantes.

* Pároco diocesano e coordenador da Rádio Rural AM de Santarém.

Este texto expressa exclusivamente a opinião do autor e foi publicado da forma como foi recebido, sem alterações pela equipe do Entrelaços.


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