Djanira Silva 14 de novembro de 2011
          Não é grito, nem gemido. É um lamento perpétuo, um suspiro tranqüilo, o som de um beijo na face.

         Escrevo com urgência, como quem precisa se salvar, correr para não ficar e se perder nas malhas do esquecimento.
          Levanto a vista, olho pela janela. A claridade fere os olhos que acabaram de chorar. Releio o que acabei de escrever. Quero falar de outras coisas. Não consigo, acabo falando de tristeza e saudade. Tudo é tão igual. As palavras apenas mudam de lugar, são sempre as mesmas. De coração em coração a saudade não muda. É uma dor redonda que a gente não sabe onde começa nem onde termina. É como se fosse a sombra da alma. E a alma seria a sombra de quê?
          As horas que passam abrem espaço para uma estrela cadente.
Obs: Texto retirado do livro da autora – A Morte Cega –

 

Este texto expressa exclusivamente a opinião do autor e foi publicado da forma como foi recebido, sem alterações pela equipe do Entrelaços.


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