Malu Nogueira 29 de novembro de 2011

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Cansei de ouvir mentiras
De viver numa intranqüilidade emocional,
Sob o manto do amor cigarra,
Que canta todo entardecer,
Sem compromisso particular
Ou, como o assum preto,
Que cego de amor não sabe para quem canta
Vem, amor, como o vim vim,
Que feliz canta para seu amor
Num ritmo melodioso
Que balança estrelas
No abandono da entrega sincera da força motriz
Que engata na marcha da paixão
Seguida da primeira, de força e respeito
Numa segunda, levada com encanto
E a terceira, constante e acelerada, é amor,
Só para dois, sem o pecado da leviandade,
Colado na fidelidade das folhas que correm no regato
Das águas de mentes límpidas,
Que doidamente seguem
Na direção do canto das cigarras
Que celebram o amor ventura
No bramido ensurdecedor da paixão
Consumida sob a luz do luar
No afago das mãos que se reconhecem,
Na mistura incondicional dos corpos
De almas que se entendem no cantar das cigarras.

Este texto expressa exclusivamente a opinião do autor e foi publicado da forma como foi recebido, sem alterações pela equipe do Entrelaços.


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