31 de outubro de 2011
Tenho trinta e oito anos,
o meu pai setenta e seis.
O dobro da idade
que ele tinha quando eu nasci.
Deitado a minha frente,
ele definha.
Eu desfio tudo o que com ele
eu vivi.
É véspera de natal,
ele luta contra a morte,
e pensando friamente, temos sorte
Estamos juntos e bem sabemos,
podemos contar um com outro
enquanto morremos.
Este texto expressa exclusivamente a opinião do autor e foi publicado da forma como foi recebido, sem alterações pela equipe do Entrelaços.
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