Malu Nogueira 17 de outubro de 2011

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Acordei e feliz fui olhar
O tempo pela janela das minhas lembranças
Debrucei-me no parapeito da minha dor
Soerguendo os ombros para ver além das brumas
Que encobriam minha visão
E espantada não vi as montanhas das minhas saudades
Nem o azul celeste agrilhoado de estrelas cintilantes.
Só vi o céu cinzento do hoje
Sumiram os rastros que tanto me assombravam!
Nuvens desceram a terra e se misturaram

As minhas lágrimas que assolaram ao meu rosto
Enrugado de pensamentos caóticos.
Uma multidão de amigos se perdeu atrás
Da cortina das minhas retinas,
E lembranças queridas voltaram a minha mente
E transbordaram o tacho das recordações
Encostando o peso delas
Nos meus ombros alquebrados pelos anos
Que balançam meu corpo sofrido,
Pelo transe da passagem da correnteza da vida
Que não me deixou a margem das ilusões.
O meu tempo infantil foi sepultado
Na gaveta do tumulo das lembranças.
Meu ontem assombrou minha vida vivida
Com léguas de saudades
Percorrida nos vagões da inquietude
Nos tambores da juventude
Distante do ouvido da razão.
Perdida na vida sentida.

Este texto expressa exclusivamente a opinião do autor e foi publicado da forma como foi recebido, sem alterações pela equipe do Entrelaços.


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