27 de setembro de 2011
Aguardando o extrapolar da plena consciência, vejo nos teus olhos a conexão com as raízes de um entardecer. Este que domina o derradeiro sentido dos teus dias, e me toca como açoite que fustiga inclemente meu sentimento, que não para de querer-te.
O infinito e a dor sem limites da minha culpa que me pune quando me diz incessantemente ser toda minha, a responsabilidade deste ocaso que se acerca de você. Meu desassossego por amar demais, mas ainda assim não amar tanto, ou pelo menos o suficiente para nos teus dias fazer com que o sorriso surja nesses urgentes lábios.
Portanto e então sendo assim, que a penumbra se contorça e se desfaça concebendo a luz. E deste calor a cálida brisa que seduz o ritmo dos nossos corações finalmente venha insuflar o tempo. O consentimento para amar mais um pouco. Até o limite de tudo o que já foi exposto, algo assim bem próximo da paixão.
Porque contigo serei por inteiro, seremos luz e candeeiro, transportados até o fim dessa estrada na qual a madrugada acorda, para se tornar no primeiro passo de um amanhã. Pois meus olhos, sem teu olhar fazem do futuro um paradoxo.
Este texto expressa exclusivamente a opinião do autor e foi publicado da forma como foi recebido, sem alterações pela equipe do Entrelaços.
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