Paula Barros 20 de setembro de 2011
É tão difícil o barco se afastar do cais. Porque o cais lhe devolve o mar. E só estando preso a este encantamento de cais, se sente solto, e pode adentrar a profundeza do oceano, e pode beirar o horizonte, sentindo as tonalidades dos céus e viajar pela imaginação.
O cais é de uma beleza tão profunda, que confunde-se com a imensidão do mar. O cais é quem dá corda para o barco navegar. O barco viaja, solto na emoção, na admiração. É do cais a bússola, o roteiro desta viagem. E o barco vai, vai, vai….navegando, sentindo os arrepios dos afogamentos do casco, sentindo a brisa tocar-lhe a vela, navega outros mares, mas retorna sempre ao cais. Ao cais que lhe devolve o mar.
O cais, o barco, o mar….mergulhos em águas de belezas extremas. O cais vai se permitindo viajar junto, nas cordas que liga o barco, no balançar do mar, neste olhar de silêncio que interage, nos voos das garsas…..
Obs: Imagens da autora (Fotos: Guarapari-ES-2010)
Este texto expressa exclusivamente a opinião do autor e foi publicado da forma como foi recebido, sem alterações pela equipe do Entrelaços.


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