Paula Barros 27 de setembro de 2011
Existem muitas formas de amar. Deixa eu te amar como se nós dois tivéssemos oito anos? Amar de brincar de correr. Amar de dividir o jogo colorido de peças de montar. Amar de se esconder, de cabra cega, de queimado, de jogo de bola, de quebra-cabeça. Você monta tão bem a paisagem da vida com as peças do quebra-cabeça dos dias.
Sabe, eu queria poder te dar as mãos e correr lá naquelas montanhas, que são mais conhecidas tuas do que minha, porque elas te viram criança. E eu queria me sentir criança de novo, correndo livre, cabelos ao vento, e ouvir tuas histórias de criança. Porque você me faz entrar em contato com minha criança.
Deixa eu sonhar que podemos deitar na relva, lado a lado, olhando as nuvens brincarem no céu, como se fossemos duas crianças, sem nenhuma maldade, ou medo….e de repente ouvir a tua voz dizer, vamos, corre para pegar aquela bolinha de sabão….
Se a vida é feita de ilusão, me deixa sonhar, e pensar que eu e você já fomos crianças. Me deixa sonhar neste mundo de adultos, nesta ilusão sem maldade, sem se sentir invadido, não estoura a bolinha de sabão….Sopra ela, a vida, deixa os dias correrem leve feito a bolinha de sabão….
Obs: Imagem enviada pela autora.
Este texto expressa exclusivamente a opinião do autor e foi publicado da forma como foi recebido, sem alterações pela equipe do Entrelaços.


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