27 de setembro de 2011
atiro o poema no alvo da tarde.
seta errante, atinge um pássaro em vôo solo.
descaem o sol e a ave, desmaiam
os azuis do céu, o tempo é
um vazio e os versos, brancos.
recolho do chão o poema errático,
em silêncio e sem pressa afastamo-nos
enquanto desce, sem espantos, a noite negra
com suas estrelas, sempre indiferentes
aos sucessos terrestres.
Este texto expressa exclusivamente a opinião do autor e foi publicado da forma como foi recebido, sem alterações pela equipe do Entrelaços.
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