Maria Inês Simões 31 de julho de 2011
Dói o corpo enquanto goteja água salgada por entre frestas de um ser
que nestas arestas finge viver a vida feliz. Dói à consciência entre a
demência dos filhos perdidos, pede clemência mastiga a raiva desta
imprudência e vive assim. Procura refúgio no vício, no lixo a cata da
lata que vende em troca do luxo de ter o ar que respira. Inspira
podridão nesta dimensão onde é o bicho dos bichos na luta na caça e
sem raça se deixa vencer é só mais um ser…
Este texto expressa exclusivamente a opinião do autor e foi publicado da forma como foi recebido, sem alterações pela equipe do Entrelaços.


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