Aproximam-se as festas de São Cristóvão, o padroeiro dos motoristas. Desta vez, as paróquias da Diocese de Jales sentem um compromisso especial. Diante do crescente número de acidentes fatais nas rodovias da região, lançam um claro alerta e fazem uma insistente convocação: é um perigo andar de carro! Muita atenção ao se colocar na pista!
          As estatísticas são trágicas. Não passa semana sem morte no trânsito. A situação assumiu ares de calamidade.
          A Rodovia Euclides da Cunha, que une Rio Preto a Santa fé do Sul, atravessando a Diocese, está sendo duplicada, ao longo de toda a sua extensão de 150 quilômetros, com dezenas de frentes de trabalho. Para trafegar agora por ela, é preciso duplicar também a atenção, o cuidado, as precauções.
          Há uma séria constatação a fazer: parece que pouco estão valendo as placas de advertência, que pedem diminuição da velocidade, e sinalizam situações de risco. As próprias empreiteiras estão com dificuldade de contratar trabalhadores, dado o perigo que passam, pela maneira como trafegam os motoristas.
          Na intenção de colaborar com apelos positivos, cada paróquia se incumbirá de compor um painel com a figura de São Cristóvão, invocando sua bênção, e aderindo à campanha que toda a Diocese irá fazer, visando inverter a preocupante trajetória de acidentes, sobretudo na Rodovia Euclides da Cunha.
          Todas as festas de São Cristóvão, neste ano terão a mesma insistência: chamar a atenção para as causas de tão freqüentes acidentes.
          A fé nos ensina que a primeira proteção que podemos invocar a Deus é assumir nossa responsabilidade pessoal, usar a prudência, evitar os riscos, redobrar os cuidados.
          No mês de agosto, a diocese realiza, todos os anos, sua romaria comemorativa do seu aniversário, quando milhares de romeiros demandam a Jales. A romaria é feita em clima de fé, com orações e cantos acompanhando todo o trajeto, num clima de respeito, de moderação e de responsabilidade. Graças a Deus, nos seus 26 anos de experiência, até hoje não aconteceu nenhum acidente. Neste ano a preocupação com o trânsito fará parte das motivações da romaria.
          Tomadas estas precauções, ainda sobram diversas ponderações a fazer.
          É forçoso reconhecer que as “festas regionais”, promovidas pelos municípios e turbinadas por concorrência de grandeza, estão descambando perigosamente para a devassidão, onde a perda da decência ignora não só os limites éticos, mas também os limites da bebida e da velocidade no trânsito. Desta situação para a morte trágica, muitas vezes, é questão de segundos.
          Outro fator a ser levado em conta é o aumento galopante de carros, facilitado pelo financiamento, que possibilita a muita gente se ver dirigindo, sem ter ainda assimilado todos os reflexos que um bom motorista precisa ter. De tal modo que se tornam um perigo ambulante, a ameaçar sua vida e a dos outros também. Em muitas regiões do país ainda não se completou a passagem da montaria a cavalo e do carro de bois, para a civilização do automóvel, incrementada agora pela avalanche de motos, cujos motoqueiros se acham acima de qualquer lei de trânsito ou limite de velocidade.
          Tudo somado, resulta o trágico inventário de acidentes fatais, cuja lista está sempre em aberto para aguardar a próxima vítima.
          Diante deste quadro preocupante, está na hora de uma salutar reação. E´ preciso fazer apelo às motivações da fé, à responsabilidade coletiva, e ao rigor da lei.
          Com esta intenção, a Diocese mobiliza suas comunidades. Vamos fazer da festa de São Cristóvão um apelo ao bom senso, um alerta aos motoristas, e uma convocação à responsabilidade de todos.
          Está lançada a campanha. Cada um se sinta convocado a participar!
Este texto expressa exclusivamente a opinião do autor e foi publicado da forma como foi recebido, sem alterações pela equipe do Entrelaços.


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