3 de julho de 2011
Li ha pouco este livro, emprestado por uma amiga, e me entusiamei com tanta saber num só livro!
A autora deste livro, Clarissa PinkolaEstés, famosa pela obra: mulheres que correm com os lobos, nos presenteia com esse magnifico livro que lança esperança a muitas mulheres, como eu,que chega a maturidade e tem certo receio do seu envelhecimento, uma vez que nossa sociedade, deixou de valorizar o velho e exalta a juventude.
A autora foi muito feliz na forma como apresentou a história. Parece que estamos sentadas numa casa, ouvindo a história de uma senhora, meio senhora, meio bruxa que nos conduz passo a passo aos segredos da vida.
Ela nos brinda ainda com informações de sua própria história, mostra a influência de mulheres mais velhas de sua família, das suas tradições na sua formação, assim como nós tivemos no passado, de nossas mães, tias e avós e outras mulheres mais velhas de nossa convivência.
A todo o momento há um comparativo da mulher com a própria natureza e seus ciclos. E o que mais me chamou a atenção foi a associação da mulher com a árvore, uma vez que intuitivamente andei acompanhando árvores ao meu redor e vendo seus ciclos e comparando com os meus! E foi num misto de alegria e comprovação que li este livro e recomendo a todas as mulheres que queiram sentir-se felizes com sua vida, com seu destino.
“Como uma grande arvore que, quando ameaçada pela doença, golpeada pela intempérie, agredida pela fúria do homem, se recusa a morrer e, milagrosamente e com enorme dose de paciência e persistência, continua a nutrir-se através das próprias raízes, restaura-se e renasce para manter o próprio espírito vital de forma a poder gerar novos frutos, aos quais confiará esta herança inestimável.”
A leitura da“dança das avós”, titulo original do livro, foi um lindo presente como resposta a alguns ensinamentos da vida e reforçou minha crença para continuar a viver com a luz do amor no coração, pois como diz a autora:
“O lugar que almejamos é a terra onde os humanos ainda são tão perigosos quanto divinos, onde os ramos das arvores mais velhas florescem por mais tempo. A mulher oculta conhece esse lugar. Ela conhece. E você também.”
No fim das contas, senti muita empatia com tudo escrito, talvez porque sempre estive cercada de mulheres sabias,a leitura possibilitou a certeza do quanto é divino a reunião de mulheres, quando juntas se apoiando e trocando todos os tipos de experiências.
Fiquei feliz em estar me tornando uma anciã e quem sabe sonhar com a possibilidade, como no passado, que possa com o passar do tempo, eu poder ajudar e influenciar as mulheres mais jovens.
Obs: Imagens enviadas pela autora.
FOTO1/2–foto de UMA ÁRVORE ANCIÃ tirada em 2010 e 2011
Este texto expressa exclusivamente a opinião do autor e foi publicado da forma como foi recebido, sem alterações pela equipe do Entrelaços.
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