Paula Barros 20 de junho de 2011
Acordei e senti a alma se encolhendo dentro de mim. Foi se acocorando num cantinho, bem encolhida, parecia um feto. Tive receio do dia que os personagens forem embora. E se não vier outros. E se você não quiser dar voz aos personagens. E a alma, feito uma menina, chupava dedo encolhida no canto da parede do peito.
Lembranças, vozes da infância : está sorrindo tanto é sinal de choro, correndo assim vai terminar caindo. A alma deve ter se lembrado disso. Já que está correndo muito solta. Ficou com medo de tropeçar, ou do céu por onde voa terminar. O céu sempre termina antes do horizonte.
Respirar profundo, às vezes, faz a alma se espreguiçar, e sair do cantinho escuro que a protege dos medos e sustos. E tentar ver horizonte até na parede branca.
Este texto expressa exclusivamente a opinião do autor e foi publicado da forma como foi recebido, sem alterações pela equipe do Entrelaços.


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