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Moras em outro lugar da memória. Dormes o olvidar de minhas mãos. O que tenho de vazio desdobra-se em teu olhar. Já não me sabes, vagueio entre lamentos e silêncios. Por certo, moras numa varanda, num banho de cachoeira, num caminho de muita sombra. Durmo no teu esquecimento. Meu olhar vazio apreende teu corpo a vagar pela minha lembrança. Sonhas num canto escondido de minha memória, só o desvelo quando quero sorrir.
Este texto expressa exclusivamente a opinião do autor e foi publicado da forma como foi recebido, sem alterações pela equipe do Entrelaços.
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