Gerson F. Filho 9 de maio de 2011
De maneira insidiosa, pérfida mesmo, um movimento, ou melhor, um agrupamento de elementos se utiliza e aproveita da morte de crianças e da dor de seus familiares para conseguir seus resultados, que tem a ver com sua carteira de dominação política. Qualquer pessoa com instrução relativa sabe que o projeto de desarmamento da população integra a carteira de projetos de esquerda desde a sua criação.
Não querendo, porém está se tornando extremamente difícil separar todas as peças (boas ou ruins) desta situação, pois ainda acredito ingenuamente que existem esquerdistas românticos. Aqueles que crêem de coração que o socialismo resolve alguma coisa (mesmo depois da derrocada do berço do comunismo leia-se; URSS). Fica então um cheiro de podridão no ar ao assistir a este descaramento acintoso que está em curso no nosso país no momento.
Utilizando-se desavergonhadamente de uma tragédia da qual ainda não se saiu do luto, movimentos e personalidades políticas tentam obter vantagem aproveitando o estado de choque da população que foi ferida barbaramente por um alienado mental. Isso é o fundo do poço ético. O povo já decidiu anteriormente sobre o assunto desarmamento. Na ocasião sabiamente escolheu não abrir mão de um direito. As partes expuseram seus argumentos com plenitude e a população decidiu não abrir mão do seu direito de possuir uma arma, mesmo que muitos; nunca venham possuí-la.
Estes segmentos da sociedade deveriam estar lutando para o aumento da segurança pública. Para o incremento da alfabetização, da profissionalização dos nossos jovens que certamente reduziria drasticamente os índices de violência. Poderiam estar trabalhando em causas nobres, e não se aproveitando de oportunidades, como micro organismos invasores que sempre aguardam na espreita uma oportunidade para se dar bem e então daí se proliferar.
Querem um país menos violento? Então cobrem com mesmo empenho o controle da entrada de armas ilegais através da nossa fronteira. Cobrem a alteração na lei, tornem a legislação mais rigorosa e eficiente acabando com todas estas reduções de pena para criminosos. Mostre aos infratores que o crime não compensa. Tornem-se orgulho da sociedade e não o monturo abjeto que incomoda a sociedade de bem. Quanto vai custar para os cofres públicos um novo plebiscito? Creio que este dinheiro seria melhor empregado se fosse direcionado para a saúde, outro item sofrível do nosso país.
Obs: Imagem enviada pelo autor.
Este texto expressa exclusivamente a opinião do autor e foi publicado da forma como foi recebido, sem alterações pela equipe do Entrelaços.


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