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Vejo o sabor da nostalgia tocando teu olhar,
momentos grisalhos despontando soluços nas entranhas sonolentas de um caminho sombrio…

Agonias avançam em fileiras intermináveis na esquina de desencantos…

No baralho de circunstâncias borbulham o cansaço de tuas mãos feridas,
pés condenados a percorrer um vazio sentimento,
liberdade bebida no suor de lutas e silêncio…

Vejo a cor da rebeldia em trapos abandonados na poeira de vulneráveis palavras,
veias infectadas de aromas enfeitiçados na busca de um corpo faminto…

Atalhos tingidos de realidade inundam teu coração,
respiração dolorida no espanto de disformes gestos…

Sangra na memória a saudade, descompassos e contradições…
Rasga na canção o teu nome desatento e febril,
peregrino amordaçado na angústia que aprendi a dedilhar na loucura de ser…

Meu grito em lamento escurece a emoção…
Cato nas pétalas adormecidas os espinhos que me ensinaram a sobrevoar na solidão,
navegar no pranto a ternura de sonhos (im)possíveis…

29.09.10 – 14:12h

Este texto expressa exclusivamente a opinião do autor e foi publicado da forma como foi recebido, sem alterações pela equipe do Entrelaços.


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