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Ele deve ter saído decidido a matar sem muita escolha, sem muito critério. Sem escolha de sexo ou raça, quem sabe ao menos se pensou em religião, mas o certo é que matou. Mas por que logo crianças e, justamente no momento em que estão buscando conhecimento e tentando ser motivo de orgulho aos pais que com certeza dão um duro danado para mantê-las na escola?
São vítimas da imundice gosmenta desse insano que se apossou da tutela escolar e agiu como dono de destinos juvenis sem ao menos lhes dar o direito da escolha de como morrer. As lágrimas dessas famílias abaladas pelo tirano humano afogam nossas vozes de revolta. Ficamos perplexos, petrificados diante do caos.
Eram somente crianças querendo dias melhores e tentando, no ato educativo, aprender o significado da palavra cidadania. Mas não lhes foi dado tempo suficiente para dizer a esse louco que cidadania é a qualidade de cidadão e, conseqüentemente, cidadão é a pessoa que têm direitos e deveres dentro dos grupos sociais. Nesse caso, em especial, as balas foram certeiras ceifando o direito de viver dessas crianças.
E agora só nos resta lamentar e tentar evitar novos atos de pura insanidade, para assim preservarmos o direito a vida e a uma formação cidadã em nossas escolas abarrotadas de rostos esperançosos.
Nossas escolas estão em luto por razões óbvias de repúdio a essa loucura praticada contra nossos pequeninos indefesos, acuados numa sala de aula de frente com a intolerância e com o disparate desse jovem matador de sonhos.
(*) Professor da Rede Pública Municipal de Santarém
Graduado Pleno em Pedagogia pela UFPA
Este texto expressa exclusivamente a opinião do autor e foi publicado da forma como foi recebido, sem alterações pela equipe do Entrelaços.


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