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Acompanho atento o desenrolar dos fatos que causam euforia e desespero em nossa gente paraense.
Querem nos obrigar a aceitar um Belo Monte de incompetência e licenciamentos duvidosos que ferem a dignidade de nosso povo nativo dono da terra e de suas riquezas.
Querem nos obrigar a aceitar um Belo Monte de desigualdade social e as migalhas indenizatórias.
Querem nos obrigar a aceitar um Belo Monte de desrespeito e a morte da história e da cultura de um povo explorado desde a chegada de Cabral e sua esquadra de saqueadores.
Querem nos obrigar a aceitar um Belo Monte de ganância e projetos idênticos àqueles da época dos coronéis que propagandeavam o povoamento da Amazônia e um desenvolvimento sem nenhum planejamento.
Querem nos obrigar a aceitar um Belo Monte de feridas sociais abertas pela voracidade do capital selvagem que exige a extinção imediata desse “povo preguiçoso” que atrapalha o crescimento econômico do país com suas reservas naturais.
Querem nos obrigar a aceitar um Belo Monte de desrespeito,
Um Belo Monte de gente arrogante.
Querem nos obrigar a aceitar um Belo Monte de problemas…
(*) Professor da Rede Pública Municipal de Santarém
Graduado Pleno em Pedagogia pela UFPA