Dizem que somos humanos e inteligentes. A nossa origem ainda é uma incógnita, pois existem duas teorias no ar: uma que diz sermos descendentes dos primatas (leia-se macacos) é a teoria da evolução das espécies, criada por Charles Darwin. E a outra aponta que viemos do divino, ou seja, Deus, o Ser Supremo que modelou-nos a partir do barro e deu-nos a vida soprando o ar da existência em nossas narinas.
Estamos neste planeta há milhares de anos (se bem que até nessa questão há controvérsias!). Produzimos a roda, a escrita, a energia a combustão e elétrica. E aí, virou uma festa. Começamos a produzir milhares de produtos – até os desnecessários – e em excesso, principalmente.
Organizados em sociedades divididas em várias classes, produzimos crenças diversas e variados sistemas políticos. Através das primeiras, ao longo dos séculos, produzimos ignorância e intolerância. E, pelos segundos, continuamos a produzir miséria e degradação da maioria, enquanto a minoria se esbalda produzindo futilidades.
Divididos somos ainda em categorias de profissionais produtores. Temos cotas e cargas horárias a cumprir, independentemente se o produto final será consumido ou não.
Uma das ironias existentes nessa louca e infindável produção é que, enquanto uns produzem flores e túmulos para os mortos, outros produzem armas e munições para tirar as vidas dos vivos.
Assim, produzimos verdades e mentiras, alegrias e tristezas, esperanças e desilusões, sonhos e tragédias, luxo e lixo.
E continuar produzindo de tudo, muito e tanto, às vezes, até sem saber o quê e por quê, sabedores de que a maioria não consegue ter acesso a tantos produtos em profusão, é a terrível agonia para nós que somos vistos apenas como unidades de produção.
Obs: Texto retirado do livro do autor: Surtos & Sustos.
Imagem enviada pelo autor.
Este texto expressa exclusivamente a opinião do autor e foi publicado da forma como foi recebido, sem alterações pela equipe do Entrelaços.


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