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Quero muito acreditar ser possível viver sem o álcool.
Sinto com mais frequência o sabor da bebida.
Sou induzido a beber, pois meu cérebro pede.
Às vezes reluto, mas acabo cedendo.
Sensação de alívio ao tomar um gole bem gelado que não sacia minha sede.
Preciso de mais e mais.
Quando lúcido tento me enganar afirmando que não sou alcóolatra.
Mentira! Eu sei disso.
Sou dependente,
Viciado.
Exagerado em meu consumo lícito
Que me rouba o bom senso
E me faz seu refém.
Embriagado fico lento.
As palavras saem gaguejadas.
Meu comportamento muda
E preciso me esforçar para parar.
É sempre assim,
Vou perdendo o controle,
A dignidade,
Minha família,
Minha Inteligência,
Minha capacidade de amor próprio.
Sofro remoendo meu erro nas noites em claro.
Tento me convencer que é hora de sair.
Limpar o meu corpo,
Viver.
Ser exemplo…

(*) Professor da Rede Pública Municipal de Santarém
Graduado Pleno em Pedagogia pela UFPA

Este texto expressa exclusivamente a opinião do autor e foi publicado da forma como foi recebido, sem alterações pela equipe do Entrelaços.


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