14 de março de 2011
à Lia
Vago por teus passos, tua dor. Enxertado em mim, teu sorriso me acolhe e me pergunto a quem sussurras no descanso de teu dorso. Perdido em nossa cidade, na mansidão do rio, chamo teu nome para pronunciares o meu. Sumiste do silêncio, da distância, da solidão, na minha saudade. Afago teu rosto em tantas lembranças, chamo tua voz entre tantas vozes e pronuncio delicadeza. Como pássaro de volta a seu ninho, hibernas em minha memória. E sigo sem a cor de tua pele, sem teu olhar.
Este texto expressa exclusivamente a opinião do autor e foi publicado da forma como foi recebido, sem alterações pela equipe do Entrelaços.
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