21 de março de 2011
Certo negociante reclamava de um seu empregado que não trabalhava com seriedade e reclamava que ganhava pouco. Dizia o patrão que o empregado era um malandro e não merecia um salário melhor, pois era um ladrão. o negociante, indagado se pagava todos os impostos e se extraia nota fiscal de seus negócios, ele explicou que era impossível cumprir todas as regras do jogo, porque o governo cobrava muitos impostos e daí que era preciso fazer uma química comercial para sobreviver.
Essa estória ilustra como anda hoje a prática da honestidade, a ética nas relações humanas. O mundo dos seres humanos vive hoje uma decadência dos valores morais e éticos. Há uma tendência geral de cada pessoa justificar seus atos e comportamentos, pelo seu interesse. Numa linguagem popular, se a brasa está assando meu Jaraqui, tudo bem, mesmo que falte brasa para assar o jaraqui do outro.
O que é justo e o que é injusto, depende da situação, se for do meu interesse tudoi bem, se for do outro, então é injusto e ele é ladrão, e merece castigo. Perde-se mais e mais o sentido da honestidade, do respeito aos direitos dos outros, da pureza de consciência. Por isso, os escândalos, os ficha suja, a incompetência no cuidado com o bem público.
Hoje prevalece o cínico que continua prejudicando o bem comum, desde que a justiça não prove seus crimes e sua “química comercial”. Daí que quando um adolescente comete uma infração mais grave se quer igualá-lo a um adulto criminoso. O dedo apontado para o adolescente esquece que três outrros dedos eqstão apontados para si mesmo.
A ética canestra de situação justifica destruir rios e florestas da Amazônia e se justifica como necessidade para o progresso e o crescimento econômico de empresas e do país. O próprio governo federale desembargadores burlam as leis constitucionais em nome do bem doi país. Se o joão garnde pode fazer o joão pequeno se sente à vontade para também falsificar a ética.
Enquanto os valores éticos são jogados no lixo, aumenta a desigualdade social, cai o respeito pela vida do outro. Quem vai salvar esta humanidade?
* Pároco diocesano e coordenador da Rádio Rural AM de Santarém.