Paula Barros 15 de fevereiro de 2011
Todos os dias abria a porta
Um cheiro de figo maduro
Me trazia um gosto bom na boca
E uma dor de saudade
A lembrança vinha assim
Acompanhada de cheiros
De sabores, de saudades
Do carinho que era sentido
 .
Estavas no pé de figo
A me proteger dia e noite
Era só eu abrir a porta
E me sorrias
Todos os dias me lembrei de você
Era forte a tua presença
Que o pé de figo não me deixava esquecer
Ali, tão distante, e estavas tão presente
Me cumprimentavas ao amanhecer
Sorrindo com o brilho do sol
Preocupado sempre
Em dizer que se lembrava de mim
Porque eu, olhando o pé de figo, só lembrava de você
 .
Naqueles dias
Estive impregnada do cheiro de figo
Das folhas bonitas e desenhadas
Das lembranças, das saudades
Protegida, acolhida
Como nos tempos dos doces de figo
Que você colhia, separava, mandava fazer o doce
Especialmente para mim
Porque você gostava de mim
E eu sentia
E gostava de você.
Obs: Imagem enviada pela autora.
Este texto expressa exclusivamente a opinião do autor e foi publicado da forma como foi recebido, sem alterações pela equipe do Entrelaços.


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