1 de fevereiro de 2011
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Agora, atravesso a vida como quem atravessa a rua, sem parar para não ser atropelada. Atravesso a vida como quem atravessa a rua. As pernas me doem, a alma me incomoda. Aquelas me levam como se carregassem um fardo. A outra, é um fardo.
Ontem, choveu. As ruas estão molhadas. À noite, chorei. Tenho ainda no rosto as sombras da noite. Os olhos se recusam a olhar porque não querem ver. As horas passam depenando o dia e em pouco tempo a noite estará à mostra.
Obs: Texto retirado do livro da autora – Memórias do Vento
Este texto expressa exclusivamente a opinião do autor e foi publicado da forma como foi recebido, sem alterações pela equipe do Entrelaços.
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