Aldo CB 15 de fevereiro de 2011
Escrevo a palavra no centro do vazio e em seu entorno. Fixo a palavra na porta de nossa casa e em todas as janelas do mundo. Tatuo a palavra em cada curva de teu nome já escrito em mim. Impregno teu ser com a palavra. Desenho a palavra nos olhos das águias, na mansidão das florestas, no coração dos desolados. Escrevo a palavra no pergaminho escondido, pois arqueólogos de outros tempos a encontrarão e procurarão por seu significado perdido na história. Deito a palavra na varanda de nossos sonhos, debruçada sobre ti a resmungar de sono. Estendo a palavra dentro de ti para tê-la em plenitude, para sabê-la palavra. E nos teus vãos, nos meus desvãos, descanso a palavra encharcada de nós. E deixo assim a palavra pronunciada.
Este texto expressa exclusivamente a opinião do autor e foi publicado da forma como foi recebido, sem alterações pela equipe do Entrelaços.


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