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A experiência profunda de oração cultivada em nossa vida deve ser o caminho que nos conduz a uma experiência mística, entendendo-a como experiência existencial que mexe com todo o nosso ser, já que mística quer dizer: irrupção de Deus dentro da vida humana.

Para fazer essa experiência é necessário entregar-nos confiantes ao amor e à misericórdia do Pai, deixar-nos envolver por ele; é necessário colocar-nos nas mãos de Deus como o barro nas mãos do artesão. “Como barro nas mãos do oleiro, assim estão vocês em minhas mãos, ó casa de Israel” (Jr 18,6). É necessário tornar-se como a criança que cheia de confiança, lança-se nos braços do pai. “[…] se vocês não se converterem, é não se tornarem como crianças, voes nunca entrarão no Reino do Céu”. (Mt 18,3). Essa experiência mística é uma necessidade para cada um de nós, pois, sem ela, nossa vida interior desfalece. Quanto a isso se aplica o pensamento de Karl Rhaner, um dos grandes teólogos deste século: “Os cristãos de hoje e do futuro, ou serão místicos, ou desaparecerão… não serão nada”.

A Bíblia contém a narrativa da experiência mística de um povo com o seu Deus. A história da salvação que ali encontramos é a história da manifestação de Deus, da irrupção de Deus na vida das pessoas. É Deus descendo para se aproximar de nós e nos perseguindo com seu amor. É Deus nos cercando para não fugirmos d’Ele.

Os grandes personagens do Antigo Testamento não foram doutores em Filosofia e Teologia, foram místicos. Pessoas que se sentiram procuradas por Deus, invadidas pela sua presença, pessoas que se sentiram amadas por Ele.

Este texto expressa exclusivamente a opinião do autor e foi publicado da forma como foi recebido, sem alterações pela equipe do Entrelaços.


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