Laudi Flor 21 de fevereiro de 2011

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Sempre tive a impressão que quando começa o ano os dias não estão maduros o bastante para serem dias, as manhãs ainda não despertaram do sono e as noites são infantis. Parece até que as pessoas vivem o momento como se estivessem em final de festa, retornando pra casa, acordando de um sonho, um pesadelo, ou então,estão de ressaca e se comportam sem ânimo como se fossem filmados em câmera lenta.

Tudo coincide com o período das férias escolares, assim as ruas já não exibem seu maior movimento, as horas se arrastam e tudo caminha preguiçosamente. Esse ritmo é mantido até meados do mês de fevereiro quando a própria vida resolve acordar as manhãs e tornar adulta a noite que outrora agia como criança.Neste lance, as coisas tomam rumo e as engrenagens começas a aquecer os motores. Movimenta-se a máquina que volta a funcionar a princípio lentamente mas depois em ritmo acelerado, até chegar dezembro,quando tudo corre a pleno vapor!

Rubem Alves fala o seguinte: “Catar conchinhas… Eis aí uma deliciosa brincadeira para quem deseja ser escritor. A alma é um grande mar que vai depositando conchinhas no pensamento. É preciso guardá-las. Quem deseja ser escritor há de aprender com as crianças a catar conchinhas, pensamentos avulsos, como esses com que estou brincando, e guardá-las num caderninho. O que torna a conchinha importante não é o seu tamanho, mas o fato de que alguém a cata da areia e a mostra para quem não a viu: “Veja…”Literatura é mostrar conchinhas.

Pois é, estou catando conchinhas caro leitor, tentando organizar os pensamentos avulsos que pairam na minha caixinha de surpresas, para depois mostrá-las a você como quem mostra um tesouro precioso, dizendo assim: Veja encontrei essa conchinha, não é linda??…

Obs: Imagem enviada pela autora.

Este texto expressa exclusivamente a opinião do autor e foi publicado da forma como foi recebido, sem alterações pela equipe do Entrelaços.


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